No México Chespirito ter passado mal durante um evento é hospitalizado mais sofre de diabetes
Chespirito, famoso por seus personagens Chaves e Chapolin, sofre de diabetes e tem um enfisema pulmonar por ter fumado durante quase toda sua vida, o que o obriga, aos 83 anos, a usar um respirador artificial.
O comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños, o “Chespirito”, foi internado em um hospital da Cidade do México, após ter passado mal durante um emocionante evento em sua homenagem organizado pela rede de TV Televisa, informou uma fonte próxima à família nesta sexta-feira.
Chespirito, famoso por seus personagens Chaves e Chapolin, sofre de diabetes e tem um enfisema pulmonar por ter fumado durante quase toda sua vida, o que o obriga, aos 83 anos, a usar um respirador artificial.
“Ele é muito nervoso, não gosta de multidão e foi grande a pressão e o impacto (da homenagem). Isso o emocionou muito e afetou sua pressão”, disse à agência Reuters Gabriela Martínez, assistente de Florinda Meza, esposa de Chespirito e que encarnou a personagem de Dona Florinda em “Chaves”.
Gómez Bolaños foi hospitalizado na noite de quarta-feira e deve receber alta no domingo, acrescentou Martínez.
Chespirito, que vive em Cancún, viajou para a Cidade do México para a homenagem e sofreu os efeitos da altitude da cidade, disse seu filho Roberto Gómez Fernández. A capital mexicana fica a mais de 2.200 metros acima do nível do mar.
“Ele está cansado por conta do evento que tivemos na quarta. Disseram que ele precisa do máximo de repouso possível (…) Essas mudanças o afetam um pouco, mas ele está muito, muito bem”, contou Gómez, produtor da mexicana Televisa, onde as séries de Gómez Bolaños são exibidas até hoje.
Martínez confirmou que provavelmente o comediante e roteirista de séries e filmes receba alta no domingo, logo que seja submetido a um tratamento para seu enfisema.
Em um fenômeno completamente incomum na televisão, seus personagens criados na década de 1970 continuam sendo exibidos em canais de vários países da América Latina, sendo uma verdadeira mina de ouro para a Televisa.
Corlos Vilagrán critica homenagem a Chespirito
O ator mexicano Carlos Villagrán, que interpreta o Quico no seriado Chaves, criticou a homenagem que o criador do programa, Roberto Gómez Bolaños (Chespirito, como também é conhecido), receberá na América Latina pelos 40 anos da série
Para Villagrán, a homenagem não é só um merecimento de Bolaños e sim de todos os que participaram do programa:
"Ele não fez o Chaves sozinho. O sucesso do programa foram todos os personagens, Quico, Chiquinha, Professor Girafales. O Chespirito não fez o programa sozinho, e não tinha triunfado se não tivéssemos participado nele", justifica.
O comediante já tinha dito que se fosse convidado, participaria da homenagem também, mas disse que não recebeu nenhum email com informação:
"Não me ligaram, nem entraram em contato comigo por carta, email, internet. Sei que vai ter uma homenagem, mas não me avisaram", disse, em entrevista ao programa Ventaneando.
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Veja Dona Florina pelos s apaixonados de Chespirit
Roberto Bolaños declara seu amor no Twitter e compartilha fotos de uma Florinda jovem e surpreendentemente bela.
Tudo começou com uma briga boba: o comediante mexicano mais querido do planeta resolveu compartilhar uma foto mal tirada de sua esposa Florinda Meza, a Dona Florinda do “Chaves”, alimentando um pequeno pássaro em sua casa. De acordo com a atriz, o retrato não fez jus, pois nela estava “feia, velha e desarrumada”. Foi aí que ele resolveu compensar.
Usando o miniblog, Bolaños começou a postar imagens de sua esposa nunca antes vistas, desde a era em que gravava as comédias até algumas mais recentes, quando começou a escrever livros de poesia. Confira abaixo as imagens e o que o bom e velho Chespirito tem a dizer sobre elas!
“Ela tinha 22 anos quando entrou no programa Chespirito. Era loira por motivos de trabalho.”
Florinda Meza com 29 anos Já vivíamos juntos nesta época. Viu por que eu me apaixonei por ela?”
“40 anos, na novela Milagro y Magia. Insisto: as mulheres ficam melhores a partir dos 40 anos!”
Agora ela está assim, só que “arrumadinha”, como ela disse. Espero que isso tudo a acalme.”
Chaves do inferno
Roberto Gómez Bolaños, apelidado, num exagero quase perdoável, de “Pequeno Shakespeare”, é o criador de uma das mais sutis, brilhantes e temíveis repres
entações do inferno em qualquer das artes: o seriado “Chaves”
Sartre escreveu em sua famosa peça “Entre Quatro Paredes”, de 1945, que “o inferno são os outros”. Não existe uma definição universalmente aceita sobre o conceito de inferno na tradição teológica ocidental. Segundo o historiador Jean Delumeau, no livro “Entrevistas Sobre o Fim dos Tempos”, o catolicismo tradicional, apoiando-se em Santo Agostinho, apregoava a “existência de um lugar de sofrimento eterno para aqueles que tiverem praticado um mal considerável nessa vida e dele jamais se tenha arrependido”. Essa noção, um tanto incongruente com a imagem de um Deus misericordioso, não prosperou fora do imaginário popular, sendo substituída pela solução do Purgatório, desenvolvida no século II, sobretudo, por Orígenas. Ninguém mais estaria condenado para sempre, embora, excetuando-se os santos, todos tivessem que passar por um período variável de purificação, com a garantia da salvação ao final. Santo Irineu discordava. Para ele, “os pecadores confirmados, obstinados, se apartaram de Deus, também se apartaram da vida”. Portanto, após o julgamento final, os condenados seriam simplesmente apagados da existência.
A polêmica continuou pelos séculos dos séculos, com novos debatedores: Tomás de Aquino, Lutero, Joaquim de Fiore. Na literatura, Dante e Milton criaram visões poderosas do inferno. O trio de condenados de Sartre, os cenobitas sadosmasoquistas de Clive Barker e os pecadores amaldiçoados de Roberto Bolaños são recriações contemporâneas perturbadoras.
Sim, Roberto Bolaños. Não, não se trata do falecido ficcionista chileno Roberto Bolaño (1953–2003), autor do calhamaço “2666”. O Bolaños com S é um artista infinitamente superior. Refiro-me ao ator, escritor e diretor mexicano Roberto Gómez Bolaños, apelidado, num exagero quase perdoável, de Chespirito, ou “Pequeno Shakespeare” à mexicana. Ele é o criador de uma das mais sutis, brilhantes e temíveis representações do inferno em qualquer das artes: o seriado “Chaves”. Se, conforme ensinou Baudelaire, “a maior artimanha do demônio é convencer-nos de que ele não existe”, podemos concluir que esse mesmo demônio não iria apresentar seus domínios por meio de estereótipos: escuridão, chamas, tridentes, lava. Em “Chaves”, verdadeiramente, “o inferno são os outros”.
Bolaños encheu sua criação de sinais que devem ser decodificados para que se revele seu verdadeiro sentido de auto moralizante. O primeiro e mais importante é o título. Originalmente, o seriado chama-se “El Chavo Del Ocho”, ou traduzindo do espanhol: “O Moleque do Oito”. Ninguém sabe o verdadeiro nome do protagonista, que nunca foi pronunciado. Chamam-no apenas de “Moleque”. O nome próprio Chaves é uma adaptação brasileira, uma corruptela da palavra “chavo”. É certo que um “chavo”, ou “moleque”, é quem faz molecagens; quem subverte a ordem do que seria moral e socialmente aceito como correto. Em livre interpretação, o “moleque” é um pecador. Portanto, o seriado trata de pecados. Não de pecados mortais, pois do contrário dificilmente seus personagens gerariam simpatia, mas, com certeza, de pecados capitais.
Ao contrário do que muitos acreditam, o protagonista não mora em um barril, mas na casa número 8. Sendo órfão e morador de rua, foi recolhido por uma idosa, que jamais foi mostrada; e que talvez não exista. Se existir é a morte materializada, pois habita o 8. Basta deitar o numeral 8 que obtemos o símbolo do infinito. A morte é infinita, pois não há vida antes da vida e após a vida volta-se a condição anterior. A vida pode ser medida pelo tempo, o antes e o depois é, por definição, infinito. O nada infinito, a graça infinita ou a purgação infinita.
Essa vila do “8” nada mais é do que um pedaço do Inferno, especialmente preparado para receber seus hospedes, mortos e condenados no julgamento final. Uma variação cômica de “Entre Quatros Paredes”, onde duas mulheres e um homem (além de um mordomo... mas o comunista Sartre não considerou o representante da classe proletária um personagem pleno) são obrigados a se suportarem mutuamente pela eternidade, num ciclo infindável de acusações e violência. Não é difícil imaginar a cena: Chiquinha chuta a canela de Quico e faz seu pai pensar que o menino foi o agressor, enervado Seu Madruga belisca Quico, que chama Dona Florinda, que acerta um tapa no vizinho gentalha, que descarrega a raiva no Moleque, que atinge o Seu Barriga quando ele chega para cobrar o aluguel. Enquanto isso, o professor Girafales, queimando de desejo, bebe café, com um buquê de rosas no colo, sem desconfiar a causa, motivo, razão ou circunstância de tanta repetição.
O cenário é um labirinto rizomático, sem centro, começo nem fim. Saindo da vila caem em uma rua estreita que leva a um pequeno parque, um restaurante e uma apertada sala de aula. As variações, como Acapulco, são exceções que confirmam a regra. O universo dos personagens se resume a esse espaço claustrofóbico, onde um ambiente leva a outro que leva a outro que leva a outro, indefinidamente.
Os pecados que cometeram em vida transparecem em suas características, medos e frustrações. Chaves, o Moleque, sempre faminto, cometia o pecado da gula. Glutão inveterado, sua preferência por sanduiche de presunto indica desprezo pelas leis de Deus, que proibiu o consumo de porco, esse animal sujo e de pé fendido. Inimigo de qualquer autoridade moral, apelidou seu professor de “Mestre Linguiça”, outra referência a malfadada iguaria suína.
Seu Madruga, que têm muito trabalho para continuar sem trabalhar, cometia o pecado da preguiça. Exigem redobrados esforços suas estratégias de fuga, para não pagar os indefectíveis 14 meses de aluguel. Que nunca se tornam 15 meses, denotando que a passagem do tempo está suspensa. Não é necessário lembrar que 7 + 7 é igual a 14 e que, na tradição crística, 70 x 07 simboliza o infinito. Da mesma forma que o 8, o símbolo de adição deitado torna-se o de multiplicação. Deus mora nos detalhes.
A ganância de Seu Barriga é óbvia. Quem mais cobraria o aluguel mensal praticamente todos os dias? Os golpes que o Moleque lhe aplica sempre que chega a vila faz parte de sua punição. O fato de possuir como veículo uma Brasília amarela liga-o imediatamente ao país Brasil, indicando que em vida deve ter se envolvido em escândalos de corrupção. Terry Gilliam não escolhe títulos ao acaso.
O pequeno marinheiro Quico, o menino mais rico da vila, é movido pela inveja. Sempre que vê um de seus pobres vizinhos se divertindo com um surrado brinquedo, cobiça aquela alegria simplória e vai buscar um dos seus, sempre maior e melhor, mas que nunca lhe dá satisfação. O brinquedo do outro, mesmo sendo obviamente inferior, sempre lhe parece mais interessante. Um círculo vicioso de inveja, jamais saciada.
Chiquinha é marcada pela personalidade intolerante, raivosa. Imitando o Pateta, usava o automóvel como uma arma potencializadora de sua ira. Morrendo em uma briga de trânsito, na vila, tenta fazer o mesmo com o triciclo. Não foram poucas as vezes que atropelou pés e brinquedos. Mas a musa que canta a ira do poderoso Aquiles não se ocupa da ira insignificante de Francisquinha. Sendo a menor e fisicamente mais fraca da vila, só lhe resta chorar, chorar e chorar.
Dona Florinda e o Professor Girafales foram libertinos do porte do Marquês de Sade e Messalina (ou os próprios). Mestres na arte da luxúria, acabaram condenados a eternidade de abstinência sexual. Frigida e impotente, a mente almeja, mas o corpo não acompanha. Consomem infindáveis xícaras de café que, com propriedades estimulantes, alimentam ainda mais o fogo que não podem debelar. O professor Girafales fuma em sala de aula não porque “El Chavo Del Ocho” foi gravado antes da praga politicamente correta, mas devido ao fato dele ser portador do célebre cacoete pós-coito de acender um cigarro, fazer um aro de fumaça no ar e perguntar “foi bom para você?”. Incapaz de cumprir a primeira parte do ritual erótico, involuntariamente reproduz a segunda. Não por acaso, a trilha sonoro de seus encontros é a mesma de “... E o Vento Levou”. A frase final do filme é “amanhã será outro dia”. Na vila, sempre haverá outro dia e outra xícara de café.
Dona Clotilde, a bruxa do 71, padecia de extrema vaidade. O gênio de Bolaños teve a sutileza de convidar uma ex-miss, a espanhola Angelines Fernández, para interpretar a personagem. Novamente o signo de uma condenação eterna aparece: 71 nada mais é do que 7+1=8. O animal de estimação de Dona Clotilde, significativamente chamado de Satanás, chama atenção para outro elemento importante. A presença de diversos demônios errantes na vila. Trata-se de uma besta transmorfa. Em alguns episódios satanás é um gato, em outros um cão. Diferente do paradoxo do coelho-pato de Jastrow, Wittgenstein e Thomas Kuhn, que servia ao desenvolvimento da razão, o gato-cão é uma representação do misticismo, o cão em “pessoa”.
Em 1589 o teólogo Peter Binsfeld, no livro “Binsfeld’s Classification of Demons”, estabeleceu que cada um dos sete pecados capitais possui um patrono infernal. Sintomaticamente, Lúcifer, nome pelo qual muitos chamam satanás, gera a vaidade. Os outros são Asmodeu que gera a luxúria, Belzebu a gula, Mammon a ganância, Belphegor a preguiça, Azazel a ira e Leviatã a inveja. Não nos enganemos: eles rondam a vila. Aparecem circunstancialmente, para promover desordem, dor e tentação.
Se o gato-cão Lúcifer/Satanás ajuda a difundir o boato de que Dona Clotilde é uma bruxa, me parece óbvio que a bela menina Paty e sua tia Glória são Belzebu e Belphegor metamorfoseados em súcubos, demônio sexuais femininos, prontos para atiçar outros apetites no Moleque e tirar Seu Madruga de seu estado de letargia. Por sua vez, o galã de novelas Hector Bonilla, que visitou a vila, nada mais é do que Asmodeu na forma de um íncubo, demônio sexual masculino, com a missão de tumultuar a relação do casal de libertinos castrados. Nhonho é Mammon, instigando o pai avaro a gastar. Popis é Azazel, esmerando-se em despertar a ira de Chiquinha com sua futilidade enervante. Godinez é Leviatã atiçando a inveja de Quico, com suas respostas tão certeiras quanto involuntárias ao Mestre Linguiça. Figuras de pouca relevância como Dona Neves, Seu Furtado, os jogadores de ioiô, os alunos anônimos na escola, os clientes do restaurante, o pessoal do parque e do festival da boa vizinhança, além de outros coadjuvantes, são entidades demoníacas menores, com a função de criar a ilusão de normalidade.
De fato, os frequentadores da vila parecem inscientes de sua condição. Os adultos por serem alto-centrados. As crianças por estarem duplamente amaldiçoados, regredidos a condição infantil, talvez como espelho da imaturidade emocional que os levaram a conduta pecadora. Enquanto muitas pessoas sonham em possuir a experiência da maturidade em um corpo jovem, eles mantiveram o corpo que possuíam na hora da morte, mas quase sem nenhuma experiência. Essas são as sutilezas da burocracia infernal.
O carteiro Jaiminho, em sua função de portador de mensagens, é o único representante do lado de cá. Um médium que tenta fazer contato com essa outra dimensão. Seu constante estado de fadiga é resultado do esforço sobre-humano necessário para cruzar as dimensões. Prova disso é a descrição que Jaiminho dá de sua terra natal, Tangamandápio. A despeito de existir de fato, sendo localizada a noroeste do Estado mexicano de Michoacán, trata-se de uma alegoria. Segundo o carteiro, tudo em Tangamandápio é colossal. Seria maior do que Nova York e teria uma população de muitos milhões de habitantes. O que poderia ser tão grande? Obviamente, ela não se refere a uma única localidade isolada, mas a todo o planeta; a terra dos vivos. As cartas que transporta são psicografias e a bicicleta que nunca larga, apesar de não saber andar, nada mais é do que um totem, ao estilo de “A Origem”, necessário para que possa voltar para realidade.
Em “El Chavo Del Ocho”, Bolanõs, o Camus asteca, criou sua própria versão do mito de Sísifo. O Moleque e companhia estão condenados a empurrar inutilmente por uma ladeira íngreme essa imensa pedra chamada cotidiano, que sempre rola de volta, obrigando-os ao tormento do eterno retorno. A pedra de Quico é quadrada, não rola, desliza. É cômico, apesar de trágico.
A polêmica continuou pelos séculos dos séculos, com novos debatedores: Tomás de Aquino, Lutero, Joaquim de Fiore. Na literatura, Dante e Milton criaram visões poderosas do inferno. O trio de condenados de Sartre, os cenobitas sadosmasoquistas de Clive Barker e os pecadores amaldiçoados de Roberto Bolaños são recriações contemporâneas perturbadoras.
Sim, Roberto Bolaños. Não, não se trata do falecido ficcionista chileno Roberto Bolaño (1953–2003), autor do calhamaço “2666”. O Bolaños com S é um artista infinitamente superior. Refiro-me ao ator, escritor e diretor mexicano Roberto Gómez Bolaños, apelidado, num exagero quase perdoável, de Chespirito, ou “Pequeno Shakespeare” à mexicana. Ele é o criador de uma das mais sutis, brilhantes e temíveis representações do inferno em qualquer das artes: o seriado “Chaves”. Se, conforme ensinou Baudelaire, “a maior artimanha do demônio é convencer-nos de que ele não existe”, podemos concluir que esse mesmo demônio não iria apresentar seus domínios por meio de estereótipos: escuridão, chamas, tridentes, lava. Em “Chaves”, verdadeiramente, “o inferno são os outros”.
Bolaños encheu sua criação de sinais que devem ser decodificados para que se revele seu verdadeiro sentido de auto moralizante. O primeiro e mais importante é o título. Originalmente, o seriado chama-se “El Chavo Del Ocho”, ou traduzindo do espanhol: “O Moleque do Oito”. Ninguém sabe o verdadeiro nome do protagonista, que nunca foi pronunciado. Chamam-no apenas de “Moleque”. O nome próprio Chaves é uma adaptação brasileira, uma corruptela da palavra “chavo”. É certo que um “chavo”, ou “moleque”, é quem faz molecagens; quem subverte a ordem do que seria moral e socialmente aceito como correto. Em livre interpretação, o “moleque” é um pecador. Portanto, o seriado trata de pecados. Não de pecados mortais, pois do contrário dificilmente seus personagens gerariam simpatia, mas, com certeza, de pecados capitais.
Ao contrário do que muitos acreditam, o protagonista não mora em um barril, mas na casa número 8. Sendo órfão e morador de rua, foi recolhido por uma idosa, que jamais foi mostrada; e que talvez não exista. Se existir é a morte materializada, pois habita o 8. Basta deitar o numeral 8 que obtemos o símbolo do infinito. A morte é infinita, pois não há vida antes da vida e após a vida volta-se a condição anterior. A vida pode ser medida pelo tempo, o antes e o depois é, por definição, infinito. O nada infinito, a graça infinita ou a purgação infinita.
Essa vila do “8” nada mais é do que um pedaço do Inferno, especialmente preparado para receber seus hospedes, mortos e condenados no julgamento final. Uma variação cômica de “Entre Quatros Paredes”, onde duas mulheres e um homem (além de um mordomo... mas o comunista Sartre não considerou o representante da classe proletária um personagem pleno) são obrigados a se suportarem mutuamente pela eternidade, num ciclo infindável de acusações e violência. Não é difícil imaginar a cena: Chiquinha chuta a canela de Quico e faz seu pai pensar que o menino foi o agressor, enervado Seu Madruga belisca Quico, que chama Dona Florinda, que acerta um tapa no vizinho gentalha, que descarrega a raiva no Moleque, que atinge o Seu Barriga quando ele chega para cobrar o aluguel. Enquanto isso, o professor Girafales, queimando de desejo, bebe café, com um buquê de rosas no colo, sem desconfiar a causa, motivo, razão ou circunstância de tanta repetição.
O cenário é um labirinto rizomático, sem centro, começo nem fim. Saindo da vila caem em uma rua estreita que leva a um pequeno parque, um restaurante e uma apertada sala de aula. As variações, como Acapulco, são exceções que confirmam a regra. O universo dos personagens se resume a esse espaço claustrofóbico, onde um ambiente leva a outro que leva a outro que leva a outro, indefinidamente.
Os pecados que cometeram em vida transparecem em suas características, medos e frustrações. Chaves, o Moleque, sempre faminto, cometia o pecado da gula. Glutão inveterado, sua preferência por sanduiche de presunto indica desprezo pelas leis de Deus, que proibiu o consumo de porco, esse animal sujo e de pé fendido. Inimigo de qualquer autoridade moral, apelidou seu professor de “Mestre Linguiça”, outra referência a malfadada iguaria suína.
Seu Madruga, que têm muito trabalho para continuar sem trabalhar, cometia o pecado da preguiça. Exigem redobrados esforços suas estratégias de fuga, para não pagar os indefectíveis 14 meses de aluguel. Que nunca se tornam 15 meses, denotando que a passagem do tempo está suspensa. Não é necessário lembrar que 7 + 7 é igual a 14 e que, na tradição crística, 70 x 07 simboliza o infinito. Da mesma forma que o 8, o símbolo de adição deitado torna-se o de multiplicação. Deus mora nos detalhes.
A ganância de Seu Barriga é óbvia. Quem mais cobraria o aluguel mensal praticamente todos os dias? Os golpes que o Moleque lhe aplica sempre que chega a vila faz parte de sua punição. O fato de possuir como veículo uma Brasília amarela liga-o imediatamente ao país Brasil, indicando que em vida deve ter se envolvido em escândalos de corrupção. Terry Gilliam não escolhe títulos ao acaso.
O pequeno marinheiro Quico, o menino mais rico da vila, é movido pela inveja. Sempre que vê um de seus pobres vizinhos se divertindo com um surrado brinquedo, cobiça aquela alegria simplória e vai buscar um dos seus, sempre maior e melhor, mas que nunca lhe dá satisfação. O brinquedo do outro, mesmo sendo obviamente inferior, sempre lhe parece mais interessante. Um círculo vicioso de inveja, jamais saciada.
Chiquinha é marcada pela personalidade intolerante, raivosa. Imitando o Pateta, usava o automóvel como uma arma potencializadora de sua ira. Morrendo em uma briga de trânsito, na vila, tenta fazer o mesmo com o triciclo. Não foram poucas as vezes que atropelou pés e brinquedos. Mas a musa que canta a ira do poderoso Aquiles não se ocupa da ira insignificante de Francisquinha. Sendo a menor e fisicamente mais fraca da vila, só lhe resta chorar, chorar e chorar.
Dona Florinda e o Professor Girafales foram libertinos do porte do Marquês de Sade e Messalina (ou os próprios). Mestres na arte da luxúria, acabaram condenados a eternidade de abstinência sexual. Frigida e impotente, a mente almeja, mas o corpo não acompanha. Consomem infindáveis xícaras de café que, com propriedades estimulantes, alimentam ainda mais o fogo que não podem debelar. O professor Girafales fuma em sala de aula não porque “El Chavo Del Ocho” foi gravado antes da praga politicamente correta, mas devido ao fato dele ser portador do célebre cacoete pós-coito de acender um cigarro, fazer um aro de fumaça no ar e perguntar “foi bom para você?”. Incapaz de cumprir a primeira parte do ritual erótico, involuntariamente reproduz a segunda. Não por acaso, a trilha sonoro de seus encontros é a mesma de “... E o Vento Levou”. A frase final do filme é “amanhã será outro dia”. Na vila, sempre haverá outro dia e outra xícara de café.
Dona Clotilde, a bruxa do 71, padecia de extrema vaidade. O gênio de Bolaños teve a sutileza de convidar uma ex-miss, a espanhola Angelines Fernández, para interpretar a personagem. Novamente o signo de uma condenação eterna aparece: 71 nada mais é do que 7+1=8. O animal de estimação de Dona Clotilde, significativamente chamado de Satanás, chama atenção para outro elemento importante. A presença de diversos demônios errantes na vila. Trata-se de uma besta transmorfa. Em alguns episódios satanás é um gato, em outros um cão. Diferente do paradoxo do coelho-pato de Jastrow, Wittgenstein e Thomas Kuhn, que servia ao desenvolvimento da razão, o gato-cão é uma representação do misticismo, o cão em “pessoa”.
Em 1589 o teólogo Peter Binsfeld, no livro “Binsfeld’s Classification of Demons”, estabeleceu que cada um dos sete pecados capitais possui um patrono infernal. Sintomaticamente, Lúcifer, nome pelo qual muitos chamam satanás, gera a vaidade. Os outros são Asmodeu que gera a luxúria, Belzebu a gula, Mammon a ganância, Belphegor a preguiça, Azazel a ira e Leviatã a inveja. Não nos enganemos: eles rondam a vila. Aparecem circunstancialmente, para promover desordem, dor e tentação.
Se o gato-cão Lúcifer/Satanás ajuda a difundir o boato de que Dona Clotilde é uma bruxa, me parece óbvio que a bela menina Paty e sua tia Glória são Belzebu e Belphegor metamorfoseados em súcubos, demônio sexuais femininos, prontos para atiçar outros apetites no Moleque e tirar Seu Madruga de seu estado de letargia. Por sua vez, o galã de novelas Hector Bonilla, que visitou a vila, nada mais é do que Asmodeu na forma de um íncubo, demônio sexual masculino, com a missão de tumultuar a relação do casal de libertinos castrados. Nhonho é Mammon, instigando o pai avaro a gastar. Popis é Azazel, esmerando-se em despertar a ira de Chiquinha com sua futilidade enervante. Godinez é Leviatã atiçando a inveja de Quico, com suas respostas tão certeiras quanto involuntárias ao Mestre Linguiça. Figuras de pouca relevância como Dona Neves, Seu Furtado, os jogadores de ioiô, os alunos anônimos na escola, os clientes do restaurante, o pessoal do parque e do festival da boa vizinhança, além de outros coadjuvantes, são entidades demoníacas menores, com a função de criar a ilusão de normalidade.
De fato, os frequentadores da vila parecem inscientes de sua condição. Os adultos por serem alto-centrados. As crianças por estarem duplamente amaldiçoados, regredidos a condição infantil, talvez como espelho da imaturidade emocional que os levaram a conduta pecadora. Enquanto muitas pessoas sonham em possuir a experiência da maturidade em um corpo jovem, eles mantiveram o corpo que possuíam na hora da morte, mas quase sem nenhuma experiência. Essas são as sutilezas da burocracia infernal.
O carteiro Jaiminho, em sua função de portador de mensagens, é o único representante do lado de cá. Um médium que tenta fazer contato com essa outra dimensão. Seu constante estado de fadiga é resultado do esforço sobre-humano necessário para cruzar as dimensões. Prova disso é a descrição que Jaiminho dá de sua terra natal, Tangamandápio. A despeito de existir de fato, sendo localizada a noroeste do Estado mexicano de Michoacán, trata-se de uma alegoria. Segundo o carteiro, tudo em Tangamandápio é colossal. Seria maior do que Nova York e teria uma população de muitos milhões de habitantes. O que poderia ser tão grande? Obviamente, ela não se refere a uma única localidade isolada, mas a todo o planeta; a terra dos vivos. As cartas que transporta são psicografias e a bicicleta que nunca larga, apesar de não saber andar, nada mais é do que um totem, ao estilo de “A Origem”, necessário para que possa voltar para realidade.
Em “El Chavo Del Ocho”, Bolanõs, o Camus asteca, criou sua própria versão do mito de Sísifo. O Moleque e companhia estão condenados a empurrar inutilmente por uma ladeira íngreme essa imensa pedra chamada cotidiano, que sempre rola de volta, obrigando-os ao tormento do eterno retorno. A pedra de Quico é quadrada, não rola, desliza. É cômico, apesar de trágico.
Resposta ao texto Chaves do inferno
Ao ler o texto intitulado “Chaves do inferno ” (se o link original estiver sobrecarregado utilizeesse ), do doutor em história Ademir Luiz, o que mais dá vontade fazer é sair xingando-o. Porém, isso é coisa para fanáticos sem agrumentos. Melhor então retrucar, fazendo outro texto com minha opinião sobre o mesmo assunto.
Texto bem escrito e feito por uma pessoa que com certeza entende e provavelmente é fã das obras de Chespirito, “Chaves do inferno” conta com ideias abstratas para sustentar outras malucas. Já começo o texto contando que discordo totalmente da ideia que “Roberto Gómez Bolaños é o criador de uma das mais sutis, brilhantes e temíveis representações do inferno em qualquer das artes: o seriado Chaves“.
Concordo que “Chaves” pode gerar interpretações que passam despercebidas e que tenha tom moralizante. Aliás, todo humorístico tem no fundo algo de moralizante. Porém, as ideias moralizantes do Chaves são outras: muitas delas fáceis de serem percebidas: os personagens ensinam boas maneiras, mesmo com desentendimentos se amam e ajudam uns aos outros, assim como é a vida. Frases como “as pessoas boas devem amar seus inimigos”, “a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena” e “não há pior luta do que aquela que não se enfrenta”, todas proferidas por Ramón Valdés também orientam o público infantil – e porque não os demais – a agirem decentemente e com amor ao próximo.
Falar que chutes na perna, beliscões e gritarias é viver no inferno é tolice. Qualquer casa, com mais amor que exista nela, existem desentendimentos entre seus moradores. E isso não faz com que eles sejam más. E o “Chaves”, mostrando compartamentos do tipo nos revela que, apesar de engraçado quando visto pela televisão, é errado agir de tal maneira para conseguir seus objetivos.
Ademir parece ter uma imaginação fértil, capaz de criar teses que expliquem argumentos que podem ser explicados de maneira bem mais simples. Segundo ele, Chaves, que no original se chama El Chavo (o que não é um nome, e sim simplesmente “menino” – Chaves foi uma adaptação da dublagem) “é quem faz molecagens; quem subverte a ordem do que seria moral e socialmente aceito como correto. Em livre interpretação, o “moleque” é um pecador. Portanto, o seriado trata de pecados [capitais]“.
No meu ponto de vista isso não tem nada a ver: o Chaves é chamado assim simplesmente por ser um garoto pobre, sem família cuidando dele, largado no mundo. O que o reduz a uma pessoa que nem chamado por nome é. Por isso, seu vocativo se reduz à “menino”, alguém que aparentemente viva sem importância no mundo. E o “menino do oito” representa um tipo social. Por isso é chamado de “chavo”, generalizando o comportamento de meninos pobres.
Há na Literatura outros exemplos dessa categoria. Para Ademir, “essa vila do “8” nada mais é do que um pedaço do Inferno, especialmente preparado para receber seus hospedes, mortos e condenados no julgamento final.” A explicação vem adiante: “o cenário é um labirinto rizomático, sem centro, começo nem fim. Saindo da vila caem em uma rua estreita que leva a um pequeno parque, um restaurante e uma apertada sala de aula. [...] O universo dos personagens se resume a esse espaço claustrofóbico, onde um ambiente leva a outro que leva a outro que leva a outro, indefinidamente.“
Mas todos sabemos aqui que Chespirito fez muito com pouco, não foi necessário uma grandecidade cenográfica para rodar os episódios. Porque também Roberto faria um cenário com uma grande rua asfaltada ao lado de uma vila feita de madeira? E porque faria uma grande sala de aula? Pra lotar de figurantes? Como se não existissem escolas pequenas e com poucos alunos mudo afora. É de se esperar também que um ambiente leve a outro. Não teria razão fazerem um trecho da vila em Cancún e outro na Cidade do México.
“Chiquinha chuta a canela de Quico e faz seu pai pensar que o menino foi o agressor, enervado Seu Madruga belisca Quico, que chama Dona Florinda, que acerta um tapa no vizinho gentalha, que descarrega a raiva no Moleque, que atinge o Seu Barriga quando ele chega para cobrar o aluguel. Enquanto isso, o professor Girafales, queimando de desejo, bebe café, com um buquê de rosas no colo, sem desconfiar a causa, motivo, razão ou circunstância de tanta repetição.” Tudo citado neste parágrafo é feito para se obter o sentido de humor. E viver em uma comundidade, desentendimentos infelizmente acontecem. Num cortiço (ou em qualquer lugar que vivam algumas pessoas) é assim mesmo. Leia “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo e veja se é diferente.
Também não sei onde o Chaves cometeu o pecado da gula se o garoto sequer tem o que comer. “Glutão inveterado, sua preferência por sanduiche de presunto indica desprezo pelas leis de Deus, que proibiu o consumo de porco, esse animal sujo e de pé fendido. Inimigo de qualquer autoridade moral, apelidou seu professor de “Mestre Linguiça”, outra referência a malfadada iguaria suína.” Não sabia que Deus proibiu o consumo de porco. Algumas pessoas podem acreditar nessa lei e merecem respeito, mas eu amo Deus e nunca deixei de comer carne de porco. Sobre o apelido, queria que o apelido de um cara alto fosse o que? “Mestre Coração de Frango“?
O texto de Ademir também comenta sobre a preguiça de Seu Madruga. Mas não podemos esquecer que isso faz parte de sua natureza e o mesmo já se arriscou em trabalhar como leiteiro, sapateiro, carpinteiro, “agente especializado em compra e venda de artigos para o lar” e muitas outras coisas.
Porque Seu Barriga cobra o aluguel todos os dias? Simples, Edgar Vivar (o ator que o faz) faz parte do elenco fixo, não teria sentido aparecer apenas em um em cada quatro episódios (que eram gravados semanalmente). “O fato de possuir como veículo uma Brasília amarela liga-o imediatamente ao país Brasil, indicando que em vida deve ter se envolvido em escândalos de corrupção“. Legal, ainda fala mal de nosso país, como se aqui existisse só corrupção.
“O pequeno marinheiro Quico, o menino mais rico da vila, é movido pela inveja. Sempre que vê um de seus pobres vizinhos se divertindo com um surrado brinquedo, cobiça aquela alegria simplória e vai buscar um dos seus, sempre maior e melhor, mas que nunca lhe dá satisfação. O binquedo do outro, mesmo sendo obviamente inferior, sempre lhe parece mais interessante. Um círculo vicioso de inveja, jamais saciada.” Mais uma cena feita para ser engraçada, e, voltando a falar sobre o tom moralizante. Essas cenas foram feitas para pensarmos coisas como “que menino fdp” e não imitá-lo, emprestando nossas coisas aos demais. E mesmo comKiko fazendo isso, Chaves o defende quando necessário, chegando até a falar “Kiko é meu amigo e antes de bater nele terá que bater em mim”.
Sobre os relacionamentos não finalizados de Florinda e Girafales, não tenho certeza sobre isso mas penso que o próprio Chespirito, interessado e posteriormente casado com Florinda, quis evitar cenas como essas. O próprio Roberto tem a chance de beijar sua esposa em La Chicharra mas evita que isso seja filmado. A tese sobre o fumo do Professor Girafales também não faz sentido visto que praticamente todo o elenco fuma, inclusive o Chespirito (PS: ele não fuma nos papeis de Chaves e Chapolin mas fuma como Vicente Chambón, adulto).
Sobre a vaidade de Dona Clotilde, ela simplesmente quer conquistar um homem e usa o que tem. Ela nunca iria “pegar” o Seu Madruga sem chamar sua atenção, visto que o “velho lobo do mar” não está interessado nela. O jeito então é fazer ele adquirir interesse. Sobre o número da sua casa ser 71 (7 + 1 = 8, símbolo do infinito de pé), se fosse assim a da Dona Florinda seria 62 e etc… Seu animal se estimação ter o estranho nome de satanás mostra que foi usado inadequadamente, colocando inclusive medo nas crianças, que pensam que Clotilde está invocando o diabo, uma coisa horrível. Acerca do nome satanás ser usado hora num cão hora num gato, todos nós sabemos que Chespirito aproveitava ideias em várias circunstâncias.
Muito errado também comparar Glória, Patty e até mesmo o Héctor Bonilla como “demônios sexuais femininos, prontos para atiçar outros apetites“. Então a esposa – sei lá se é casado – do autor de “Chaves do inferno” teve que agir como um demônio para seduzi-lo??
“Figuras de pouca relevância como Dona Neves, Seu Furtado, os jogadores de ioiô, os alunos anônimos na escola, os clientes do restaurante, o pessoal do parque e do festival da boa vizinhança, além de outros coadjuvantes, são entidades demoníacas menores, com a função de criar a ilusão de normalidade.” Tá, então “A Praça é Nossa” também é uma representação do inferno porque tem figurantes lá atrás?
Acerca do Jaiminho, falar bem de Tangamandápio não é nada mais do que quem tem amor à sua pátria local faz. É normal de se esperar que seriados muito famosos, como o Chaves, tenham várias “leituras” e análises. Porém, é muita besteira comparar um seriado onde predomina o amor, amizade, o amor a DEUS e a felicidade com o inferno.
Além de tudo que já foi citado acima, Chaves também canta lindos versos como por exemplo “Queria ter sido um pastor / Daqueles que na noite bela / Chegaram para ver Jesus / seguindo a luz, de uma estrela // Queria ter sido um pastor / Esse era um sonho meu / Cantar quando aconteceu / Quando Ele nasceu, Menino-Deus // Eu sei que também houve reis / E anjos tão cheios de amor / No entanto essa noite eu apenas / Queria ter sido um pastor // Queria ter sido um pastor / Ter ido correndo ao casebre / Cantando com o coração / Alguma canção muito alegre // Queria ter sido um pastor / Veria um bebê sem igual / Não esqueceria jamais / A noite de paz, de Natal”, “Já Passou Ano Novo / Natal ficou pra trás / E esta noite começa / Um Ano Mais [...] Que todos tenham amor e paz.” e muitas outras canções que ensinam direções corretas, falam sobre Deus e Jesus Cristo e a amizade.
Destaque para “Ouça bem, escute bem / Pois Ele quer amigos / Ouça bem, escute bem / Pois Ele quer você // Ouça amigo, ouça bem o que lhe digo / A felicidade é ter Jesus /
Um companheiro que será sempre sincero / Não há quem seja como Jesus // Triste de verdade é perder uma amizade / Mas, sabe, na tristeza / Chame Jesus / Porque Ele não deixa / Sem resposta qualquer queixa / Não há quem seja como Jesus”
Um companheiro que será sempre sincero / Não há quem seja como Jesus // Triste de verdade é perder uma amizade / Mas, sabe, na tristeza / Chame Jesus / Porque Ele não deixa / Sem resposta qualquer queixa / Não há quem seja como Jesus”
Como alguem que fala tudo que citei no texto acima e muitas outras coisas pode ser chamado de homem que reproduziu o inferno em um seriado?
última entrevista robeberto Gómez Bolaños
America celebra Chespirito
Roberto Bolaños, o Chaves, ganhou homenagem por seus 40 anos de carreira, nesta quarta-feira, 29, no México. Um show na Cidade do México, “América Celebra Chespirito”, reuniu atores da antiga série de TV e a cantora Thalia. Bolaños está com 83 anos.
Até o início do evento, os atores María Antonieta de la Nieves e Carlos Villagrán, a Chiquinha e o Kiko, ainda não tinham aparecido por lá.A atriz trava uma briga judicial com Bolaños por conta de direitos autorais, e o ator namorava “Dona Florinda” (a atriz Florinda Meza) antes de Bolaños se casar com ela.
Thalia canta em homenagem a Roberto Bolaños a musica "Gracias", comosta em homenagem a chespirito
Milhares de fãn acompanhou o evento do lado de fora e do lado de dentro, vieram fãns do mundo todo acompanhar essa emocionante homenagem.
O Evento teve 6 horas de duração com inúmeras apresentações. Chespirito não pode filar até o final do eventos, póis ele passou mal e teve q ser levado para o hospital, onde ficou por 5 dias e depois foi para casa.
Volta Chaves no SBT
Os telespectadores estão se mobilizando contra a retirada de "Chaves" da grade do SBT de segunda a sexta. O SBT decidiu retirar o programa por achar que o seriado "deve descansar".
A Campanha Volta Chaves começou com cerca de 600 compartilhamentos e desde ontem já está visível a outras centenas de milhares de outros internautas.Desde segunda ela substituiu "Chaves" edição de final de tarde, comandando o game "Roda a Roda", que está dando em média 3 a 4 pontos, enquanto que o seriado marcava 6 pontos. Patrícia virou alvo dos fãs do ator Roberto Bolaños.
Os reportes do programa Panico na TV foram até a casa de Chespirito entregar uma carta do fans deles pedindo para que ele ajudasse a volta do programa do Chaves no SBT.
Eles tiveram que enventar uma desculpa, foram duas tentativas para conseguir ir até o condominio do chaves. Infelizmente eles não conseguira falar com o Chaves mais conseguiram deixar os presentes, no qual Chespirito agradece em um videio